O sedentarismo é um estilo de vida em que não se pratica qualquer tipo de exercício físico regularmente, além de se permanecer muito tempo sentado ou deitado e não ter disposição para realizar atividades simples do dia-a-dia, o que tem influência direta na saúde e bem-estar.
Desta forma, devido à falta de prática de exercício e a uma vida pouco ativa, a pessoa sedentária acaba por aumentar a ingestão de comidas, principalmente ricas em gorduras e açúcar, o que leva a uma dificuldade do organismo em controlar os níveis de açúcar e colesterol. Isso aumenta o risco de obesidade, doenças cardiovasculares (aterosclerose, hipertensão ou AVC), diabetes e inclusivamente certos tipos de cancro, como do intestino, da mama ou do ovário.
Existem vários sinais que podem ser potenciais indicadores de sedentarismo. A pessoa sedentária geralmente apresenta cansaço constante, uma vez que há uma diminuição do metabolismo, já que não são praticadas atividades físicas que promovam a sua ativação. Quando se pratica exercício físico, o corpo produz e liberta certas hormonas naturais, que aumentam a sensação de prazer, regulação do sono e bem-estar físico e mental, além de reduzirem a sensação de cansaço. Portanto, ao ter-se uma vida sedentária, a produção destas hormonas é diminuída, causando um cansaço constante. É uma situação que também afeta o sono, não permitindo um descanso confortável e resultando, por exemplo, em apneia do sono ou roncos excessivos.
O sedentarismo também conduz a uma diminuição da força e da massa muscular, uma vez que os músculos não são ativados pelos exercícios físicos, e a realização de tarefas do dia a dia não são suficientes para trabalhar todos os músculos do corpo. Essa diminuição da força muscular é ainda mais impactante em pessoas mais velhas, pois, com o envelhecimento natural do corpo, ocorre uma redução da massa e da força muscular, e que podem causar lesões ou aumentar o risco de quedas.
Estatisticamente, para pessoas idosas, uma queda, ou as consequências por ela provocadas, como um AVC, tendem a causar a morte do paciente por volta de um ano. Por isso, praticar exercício físico regular, com treinos de fortalecimento, é essencial para reduzir a perda muscular, manter e melhorar a força e a resistência muscular.
Entre os motivos elencados pelos inquiridos para a falta de uma prática
de atividade física mais regular, a falta de tempo, de motivação ou de
interesse por desporto são os mais comuns. Em sentido inverso, a
melhoria da saúde, o aumento da condição física e a sensação de
relaxamento são os principais motivadores indicados, com cerca de um
terço dos entrevistados a afirmar que prefere exercitar-se em casa.
A ausência de exercício físico resulta num enfraquecimento dos ossos e das articulações, pois o crescimento e resistência dos ossos são constrangidos, levando a dores nas articulações e aumentando o risco de lesões ou fraturas. Também é frequente a acumulação de gordura abdominal ocorre,uma vez que a energia fornecida pelos alimentos não é gasta e é depositada, sob forma de gordura, no corpo, na zona abdominal, que também se reflete no aumento de peso da pessoa.
Segundos dados de 2022, 73% dos
portugueses dizem nunca se exercitar ou praticar desporto, com mais 5% a
fazê-lo apenas "raramente", mais do que os que o fazem "regularmente",
4%. "Com alguma regularidade" é a resposta de 18% dos portugueses
inquiridos. Os dados são particularmente graves no país, que tem a mais alta taxa dos países europeus abrangidos pelo estudo, seguido pela Grécia (68%) e pela Polónia (65%). O valor aumenta quando isolamos a população jovem: 84,3% dos jovens portugueses entre os 11 e os 17 anos de idade são sedentários. Isto significa que apenas 15,7% dos jovens portugueses pratica pelo menos uma hora diária de exercício físico (dados de 2020).
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